quarta-feira, 6 de junho de 2012

Diário dos dias na Itália - I

No mês de maio, por sinal na semana do meu aniversário, Deus me deu a graça de ir para a Itália. Quando cheguei me deparei com um novo, mas não simplesmente pelo fato de nunca ter ido ao exterior, mas com um novo que era transcendental e ao mesmo tempo de reconhecimento da minha história, de quem eu sou. Um novo que não sei bem explicar em palavras, mas sei que acontece e muda minha percepção de mundo e de cristianismo. 
Embarcamos dia 04 e chegamos no aeroporto de Lisboa em uma escala confusa de sono, fuso horário, pernas cansadas e desacostumadas com uma viagem longa de 10h e meu aniversário no dia 05. Meu bolo de aniversário se transformou em uma caixa de Ferrero Rocher já para sentir o gostinho de Itália e pude assim celebrar a vida com os irmãos de comunidade e agradecer pelo novo que já se realizava. 


No mesmo dia chegamos em Roma e já em conversa com o motorista, um goiano que mora lá há 2 anos, iniciamos a descoberta das novas terras: em "Trastevere é bom para comprar e comer; o povo parece mal educado ou grosso, mas é o jeito deles mesmo" . Fomos para o hotel e no mesmo dia a noite o nosso querido Padre Eduardo nos encontrou no MC Donald´s próximo ao nosso hotel para combinarmos horário de saída para o passeio do dia seguinte: "Podemos ir amanhã em Latrão". Mais uma benção de aniversário e logo voltamos ao hotel para descansar e mal sabíamos o que nos esperava...


Dia 06: Aniversário do Padre Eduardo \o/
Compramos um cartão "metrobus" semanal para usamos livremente nos ônibus e metrôs e nos dirigimos para a estação Cornélia rumo a estação San Giovanni. Lá saímos do metrô e já vimos os muros próximos da Basília de San Giovanni Laterano. Neste momento entendemos que estávamos em Roma, lugar banhado por sangue de mártires onde podemos tocar na nossa história como cristãos. Essa basílica é a Catedral do Bispo de Roma que é o Santo Padre o Papa, ela é considerada a mãe de todas as Igrejas do mundo. Na frente vemos um monumento enorme de bronze fazendo memória de quando Francisco de Assis foi pedir ao Papa  Inocêncio III a autorização para viver conforme Deus o inspirava. O para autorizou o propósito de vida evangélica de Francisco, expresso por meio de umas poucas citações evangélicas. o manuscrito desenvolveu-se até tomar a forma da regra de vida franciscana aprovada definitivamente pelo papa Gregório IX em 1223.  
Entramos depois no museu da Basílica, onde dentro mutas relíquias dentre elas as roupas usadas no Concílio Vaticano II.

Depois visitamos o santuário ao lado onde está Escada Santa. Para mim, este momento foi uma experiência espiritual incrível. Essa escada, pertenceu à casa de Pôncio Pilatos foi percorrida por Jesus Cristo no dia em que foi condenado à morte. Conta -se que a escada foi trazida de Jerusalém para Roma por Santa Helena mãe do imperador Constantino, no ano de 326Só podemos subi-la de joelhos e quando subi foi muito forte o que senti, foi como participar um pouco do sofrimento de Cristo, dividi em minha carne, em meus joelhos o flagelo do Amado, foi muito forte o que vivi. Ao mesmo tempo Deus me mostrava pessoas para que eu intercedesse naquela hora, é impossível não rezar pela conversão das pessoas ali. Impossível não provar da misericórdia abundante de Deus. Ali é um lugar de grandes graças...

Depois visitamos a  Basílica de Santa Croce in Gerusalemme  que fica a poucos metros. Essa igreja do século 4º foi construída em uma zona que pertencia ao Império Romano por desejo de Santa helena, mãe do imperador Constantino esta santa foi responsável pela chegada das várias relíquias vindas de Jerusalém e que hoje estão espalhadas pela cidade de Roma. Nesta Basílica, estão: a placa com a inscrição "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus", dois cravos que foram usados na crucificação de Jesus, dois espinhos da coroa colocada na cabeça de Jesus, fragmentos da cruz e o dedo de São Tomé. 
Nessa mesma Igreja está o corpo e alguns pertences da beata chamada Antonietta Meo. Uma criança que muito doente (câncer ósseo) escrevia cartas para Jesus e entendeu que deveria unir o seu sofrimento ao de Cristo Crucificado. Ela não perdia a alegria. Morreu com 7 anos, pouco depois de receber a primeira comunhão. Já contei o resumo da história da vida dela para minhas meninas, elas gostaram muito e volta e meia rezam pedindo a intercessão dela. 
O almoço das 15h dia foi em comemoração ao aniversário do Padre Eduardo. Homem de Deus, pastor dedicado, extremamente inteligente, de vida ofertada, de uma maturidade humana e espiritual admiráveis! Celebramos a vida dele com muita alegria e continuamos nossa jornada nas ruas de Roma com o melhor guia que poderíamos ter!
No fim da tarde passamos na Praça da Basília de São Pedro: linda, grandiosa e tão importante para nós. Não entramos, pois já estava tarde, mas marcamos para o dia seguinte a ida ao museu e entrarmos na Basílica.

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