Engraçado que entender a liberdade é até uma questão de lógica: Se faço só o que quero, sou escrava das minhas vontades, aprisionada a mim mesma. Então, é escolher o que eu não escolheria. Escolher a vontade de Deus é acolher o que tantas vezes eu não gostaria.
Jesus acolheu a vontade de Deus (sempre) e foi até a cruz, mesmo querendo estar longe desse cálice! Isso é ser livre! Por isso diz: minha vida ninguém toma eu a dou livremente (Jo. 10,18).
Jesus foi o mais livre!
A liberdade soberana não gera medo, mas a vivência verdadeira de fé, esperança e caridade, essa última nos faz ir até a cruz para enfim alcançar a ressurreição.
Liberdade é confiar e amar a Deus! É dizer com a vida que crê nos seus desígnios, mesmo sem entender, pois seus pensamentos não são como os nossos, mas são insondáveis, misteriosos e de uma ciência que nos ultrapassa (Is 55,8 / Sl 138, 17).
Quem é livre não tem medo de arriscar, de estar desconfortável, de viver o novo, de abraçar o que ninguém abraçaria, de ser radical, de perder a si mesmo e sua própria vida, pois quem deseja salvar sua vida a perderá (Mt 16,25).
Livre é quem vive o hoje! Ainda que no sofrimento. Que não se aprisiona ao passado e nem ao que será.
Se ser livre é ser feliz e felicidade é santidade, Desse modo vivo plenamente o que sou, o que Aquele que me criou pensou, sonhou, planejou.
Se para viver tudo isso Deus já nos deu as virtudes teologais em nosso batismo (Feito membro da Igreja, o batizado não pertence
mais a si mesmo, mas àquele que morreu e ressuscitou por nós” (CIC, 1269) não tenho desculpas para ser escravo, mas tenho a escolha (que gera renúncias). Preciso decidir. Deus me dá a graça necessária, mas os passos só eu posso dar.
Ser feliz depende de mim, do meu esforço, do meu desejo mais profundo, do meu sim.
“O milagre se dará por duas vias, uma é minha a outra deixo pra você. Se você trouxer a mim a sua água: Eu devolvo vinho"
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